História
Inicialmente a cirurgia infantil se desenvolveu juntamente com a cirurgia de adultos. Apesar da prévia observação de algumas malformações características congênitas não havia distinção sobre os cuidados sobre ambos.
No século 17, graças aos avanços na medicina através das autópsias, começou-se e se ter um melhor entendimento das particularidades da anatomia e fisiologia das crianças. Nesse período foram descritas pela primeira vez patologias pediátricas antes desconhecidas como as atresias de esôfago e intestino, bem como o megacólon agangliônico.
No século 19, surgiram os primeiros hospitais pediátricos na Europa e nos Estados Unidos, entretanto os cuidados cirúrgicos das crianças era uma tarefa difícil e realizada por cirurgiões gerais. A anestesia era imprevisível e não havia materiais específicos, tornando muito arriscados procedimentos hoje considerados simples.
À medida que a medicina avançava ficava cada vez mais claro que as crianças não eram adultos pequenos a necessidade de atendimento cirúrgico mais especializado. Acreditando nisso, alguns cirurgiões começaram a se dedicar exclusivamente ao tratamento de crianças.
A Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica foi fundada em 1964.
Formação
Os Cirurgiões Pediátricos são treinados e qualificados para o cuidado cirúrgico de todas as fase do desenvolvimento da infância, desde o período neonatal até a adolescência. São aptos através de especialização a tratar de malformações congênitas e doenças próprias da infância. Após a faculdade de medicina o treinamento inclui 2 anos de especialização em Cirurgia Geral, seguidos de 3 anos de especialização e Cirurgia Pediátrica. Além disso é fundamental o constante aperfeiçoamento através de diversos cursos, congressos e jornadas
Atenção à criança
As crianças apresentam particularidades físicas, fisiológicas e psicológicas em relação aos adultos, o que pede um tratamento específico desse público desde um ambiente adequado à idade nos consultórios até materiais e cuidados adequados na sala de cirurgia. Salvo raríssimas exceções, todos os procedimentos cirúrgicos são realizados sob anestesia geral. Em muitos casos, o paciente tem a possibilidade de ter alta no mesmo dia da cirurgia.