É um estreitamento congênito ou adquirido do prepúcio impedindo ou dificultando sua retração e exposição da glande.
CAUSAS
99% dos meninos ao nascerem não conseguem retrair o prepúcio totalmente. Até os 2 anos 90% dessas crianças deverão ter resolvido espontaneamente, tornando possível a exposição da glande. Inflamações por má higiene ou traumatismos por manipulação incorreta formam tecido de cicatrização que estreitam o prepúcio.
CUIDADOS
A boa higiene pode evitar a ocorrência de inflamações do prepúcio (balanopostites). A tentativa forçada de retração do prepúcio não é recomendada pois os microtraumas causados produzem um tecido cicatricial que impossibilita a resolução espontânea. Além disso, pode gerar uma complicação grave denominada parafimose, na qual o anel fimótico estrangula a glande, prejudicando sua circulação e exigindo tratamento de urgência.
QUANDO OPERAR
A Postectomia é a cirurgia mais realizada no mundo. Pacientes que não conseguem exposição glandar adequada após os 2 anos apesar de tratamento com corticoides tópicos adequadamente, além daqueles que apresentarem complicações como postites, parafimoses ou infecções urinárias, devem ser encaminhados para o tratamento cirúrgico.
TIPOS DE CIRURGIA
CIRURGIA CONVENCIONAL
Através desse método a região estreitada, bem como o excesso de prepúcio são removidos e posteriormente as bordas da mucosa e da pele remanescentes são unidas através de sutura com pontos absorvíveis.
PLASTIBELL
Após abrir-se o anel fimótico, coloca-se um dispositivo plástico (Plastibell) junto à glande e um cordão é amarrado firmemente esmagando o prepúcio contra o dispositivo. Em seguida remove-se o tecido excedente. O tecido acima do cordão mumifica (seca) devido a interrupção da circulação e cai espontaneamente liberando o Plastibell entre 7 a 30 dias.
PÓS-OPERATÓRIOS
Por se tratar de um tecido altamente vascularizado, é comum haver edema nos primeiros dias após a cirurgia. Deve-se atentar para as inflamações, notadas através de vermelhidão na região da cirurgia, que ocorrem com frequência uma vez que a região da cirurgia apresenta grande colonização por bactérias devido a dificuldade de higiene ocasionada pela fimose. Raramente há a necessidade de tratamento com antibióticos orais já que a limpeza e as pomadas com antibiótico são suficientes em quase todos os casos.
PARECE FIMOSE MAS NÃO É
ADERÊNCIA BALANOPREPUCIAL
Bastante confundida com fimose pelos pais e pelos próprios pediatras, a aderência balanoprepucial ocorre quando o prepúcio não abre totalmente por estar grudado na ponta do pênis e não devido ao estreitamento da pele como ocorre na fimose, apesar de os dois problemas poderem existir ao mesmo tempo.
Quase todos os meninos nascem com essas aderências e o descolamento ocorre de forma natural na maioria dos casos. Não estão indicadas tentativas forçadas de descolamento da pele, pois, além de muito dolorosas, podem machucar a criança. Deve-ser apenas realizar a higiene diária até onde for possível e procurar acompanhamento de um Cirurgião Pediátrico para o tratamento correto.
PÊNIS EMBUTIDO
Problema frequentemente sub-diagnósticado ou confundido com fimose e por esta razão sua real incidência permaneça é desconhecida. É caracterizada pela pouca exposição do pênis, que apresenta tamanho normal para a idade, porém é escondido pela gordura suprapúbica, da bolsa escrotal e da base do pênis. Quando esse coxim gorduroso ao redor é pressionado para baixo, o pênis é exposto. Existem 3 formas:
- Congênita;
- Relacionada à obesidade;
- Cicatricial (complicação de circuncisão)
Além da dificuldade de higiene, apresenta grande impacto psicológico nesses menimos, especialmente na adolescência. O tratamento inclui perda de peso e correção cirúrgica. A cirurgia é relativamente complexa, pois, dependendo do caso pode incluir lipectomia suprapúbica, plastica de prepúcio e bolsa escrotal e até secção do ligamento suspensor do pênis.
EXCESSO DE PREPÚCIO
Nessa situação o prepúcio ultrapassa em muito a extensão do pênis, se tornando redundante. Pode ocorrer sozinho ou associado à fimose caso haja estreitamento que dificulte a exposição do pênis. Isoladamente não há indicação médica obrigatória para tratamento cirúrgico, apesar de o problema tornar mais difícil a higiene e apresentar componente estético e, algumas vezes, cultural.